Preço baixo ou qualidade? Como posicionar a sua estratégia
A velha estratégia de baixar os preços para forçar um aumento nas vendas é boa mas nem sempre funciona bem. Esse aumento teria que ser substancial para cobrir os custos e ainda deixar uma margem de lucro, por pequena que seja. Por outro lado, o foco na qualidade também é uma boa estratégia, mas é bom que já se tenha um público fiel que conheça a empresa e seus produtos para garantir a boa saída, e ter um bom budget para propaganda com o objetivo de incrementar essas vendas. As informações sobre a qualidade precisam ser comunicadas pois, sem isso, o preço pode espantar o cliente.
Existe uma diferença sutil entre o preço do produto e o valor que ele possui. É a comparação entre esses dois fatores que fará o cliente avaliar se uma mercadoria tem preço alto, baixo ou justo. O preço é algo objetivo, trata-se do investimento feito pelo consumidor na compra da mercadoria, e envolve o custo de produção, a tributação, a margem de lucro e os custos operacionais.
Diferente do preço, o valor não se baseia em dados numéricos, mas sim em aspectos subjetivos do consumidor. É claro que fazer pipoca e ver um filme em casa fica muito mais barato que fazer isso no cinema, mas tudo que o cinema entrega: o tamanho da tela, a qualidade do som, a magia do ambiente, a emoção, nos faz pagar um preço alto e ainda ficar felizes. O preço é o que você paga, o valor é o que você leva.
Para ficar mais fácil definir a estratégia de marketing, é bom se perguntar quais benefícios o cliente vê em seus produtos e o quanto ele está disposto a pagar pelo preço que é cobrado. Tendo isso em mente fica mais fácil ter um ponto de partida para melhor fixar os preços e atrair clientes mesmo em tempos de crise.
Em se optando por baixar os preços, há que se pensar no conceito de “ganhos por escala” e o principal objetivo é estimular o aumento do volume de compras por parte do cliente ou até escoar o estoque de determinada mercadoria.
Esse esquema de preços propõe a aplicação de descontos para clientes que comprarem quantidades maiores de um mesmo produto. É o caso das empresas de atacarejo. A maneira como o preço é exposto para o cliente também faz diferença, é o chamado preço psicológico. Um exemplo é quando se cobra R$ 99,99 por um produto em lugar de R$ 100, isso faz com que o cliente perceba a mercadoria como sendo mais barata.
Considerando tudo isso na balança o melhor caminho é variar entre um e outro, conforme o andamento da economia, do poder aquisitivo dos consumidores, e estar sempre inovando e trazendo novidades, variando as ofertas o máximo possível, enfim, apostando no que dá mais certo.